O Observatório Dumont já abordou a respeito da importância das colaborações da Astronomia Amadora no âmbito científico AQUI neste link.
Desta vez abordamos uma recente publicação com a descoberta realizada por um astrônomo amador brasileiro: Jorge Stockler de Moraes.
Após comparar imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble e outros telescópios, Jorge notou um transiente luminoso, destacado com uma seta em vermelho na imagem abaixo à direita. Em imagens anteriores ou posteriores à 2004, o objeto luminoso não é identificado.
O transiente luminoso notado por Stockler, anotado em vermelho na imagem superior não foi observado em imagens anteriores ou posteriores a 2004. No canto inferior esquerdo, imagem feita por Stockler a partir de Saquarema, RJ, mostrando a galáxia NGC1892.
Com um trabalho fotográfico na galáxia NGC 1892, Stockler estudou a imagem feita em 2004 registrada pela Carnegies-Irvine Galaxy Survey, e notou um transiente luminoso que lhe chamou a atenção. Procurando em registros da instituição e na biblioteca de imagens do Telescópios Espacial Hubble, Stockler verificou que o ponto luminoso (batizado inicialmente de CGS2004) não existia em imagens anteriores ou posteriores à cena de 2004. Assim, encaminhou ao instituto um documento sobre o evento envolvendo observatórios de astronomia e radio telescópios além de vários astrônomos do mundo. Após discussões chegou-se à conclusão de que o transiente luminoso é muito provavelmente uma supernova do tipo II, gerada por uma estrela entre 10 e 100 massas solares.
As supernovas são explosões que ocorrem quando o núcleo de uma estrela entre 10 e 100 massas solares esgota seu combustível e colapsa, produzindo um extraordinário pulso de radiação luminosa, com um brilho tão intenso que podem ser vistas até mesmo durante o dia. São classificadas em dois tipos principais, de acordo com a classificação proposta em 1941 pelo astrônomo alemão Rudolph Leo Bernhard Minkowski (1895-1976):
as supernovas tipo I, que não apresentam hidrogênio no espectro, e
as supernovas tipo II, que apresentam linhas de emissão ou absorção de hidrogênio no espectro, alargadas pela alta velocidade de ejeção do gás.
as supernovas tipo I, que não apresentam hidrogênio no espectro, e
as supernovas tipo II, que apresentam linhas de emissão ou absorção de hidrogênio no espectro, alargadas pela alta velocidade de ejeção do gás.
Abaixo o link da Cornell University Library com a pesquisa
O Observatório Dumont parabeniza o astrônomo amador Jorge Stockler pelo feito e sua contribuição científica, corroborando com a relevância da Astronomia Amadora.
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