quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Astrônomo amador brasileiro descobre supernova 14 anos depois de registrada!


O Observatório Dumont já abordou a respeito da importância das colaborações da Astronomia Amadora no âmbito científico AQUI neste link.
Desta vez abordamos uma recente publicação com a descoberta realizada por um astrônomo amador brasileiro: Jorge Stockler de Moraes. 
Após comparar imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble e outros telescópios, Jorge notou um transiente luminoso, destacado com uma seta em vermelho na imagem abaixo à direita. Em imagens anteriores ou posteriores à 2004, o objeto luminoso não é identificado.

O transiente luminoso notado por Stockler, anotado em vermelho na imagem superior não foi observado em imagens anteriores ou posteriores a 2004. No canto inferior esquerdo, imagem feita por Stockler a partir de Saquarema, RJ, mostrando a galáxia NGC1892.


   Com um trabalho fotográfico na galáxia NGC 1892, Stockler estudou a imagem feita em 2004 registrada pela Carnegies-Irvine Galaxy Survey, e notou um transiente luminoso que lhe chamou a atenção. Procurando em registros da instituição e na biblioteca de imagens do Telescópios Espacial Hubble, Stockler verificou que o ponto luminoso (batizado inicialmente de CGS2004) não existia em imagens anteriores ou posteriores à cena de 2004. Assim, encaminhou ao instituto um documento sobre o evento envolvendo observatórios de astronomia e radio telescópios além de vários astrônomos do mundo. Após discussões chegou-se à conclusão de que o transiente luminoso é muito provavelmente uma supernova do tipo II, gerada por uma estrela entre 10 e 100 massas solares.

   As supernovas são explosões que ocorrem quando o núcleo de uma estrela entre 10 e 100 massas solares esgota seu combustível e colapsa, produzindo um extraordinário pulso de radiação luminosa, com um brilho tão intenso que podem ser vistas até mesmo durante o dia. São classificadas em dois tipos principais, de acordo com a classificação proposta em 1941 pelo astrônomo alemão Rudolph Leo Bernhard Minkowski (1895-1976):
as supernovas tipo I, que não apresentam hidrogênio no espectro, e
as supernovas tipo II, que apresentam linhas de emissão ou absorção de hidrogênio no espectro, alargadas pela alta velocidade de ejeção do gás.



Abaixo o link da Cornell University Library com a pesquisa


O Observatório Dumont parabeniza o astrônomo amador Jorge Stockler pelo feito e sua contribuição científica, corroborando com a relevância da Astronomia Amadora.

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